Na última segunda-feira (29/12/2014) estava no banco de trás do carro, sem falar praticamente nada. Devo ter aberto a boca pra pedir um biscoito Passatempo e só. Estava introspectivo, tentando entender o que havia acabado de acontecer. Ou seja, você passa um dia inteiro ao lado de um grupo de amigos ignorando o conceito da palavra juízo e sanidade e, depois, no caminho de volta, fica mais calado do que estava na hora da ida.
Era como se eu tivesse desligado o meu corpo no planeta Terra e viajado para outra parte do cosmo, tipo o que acontece no filme Matrix ou no Avatar. Eu estava em qualquer outro lugar, menos ali, no carro.
Não sei se essas quatro pessoas da foto abaixo colocaram alguma substância psicoativa no prato do meu almoço, se o Thiago incrementou o vidrinho de Glade Sensations do carro com algum sedativo, se foi voodoo da Marie Laveau ou o tradicional amolecimento do coração por conta do início de um novo ano, que estava prestes a chegar… Mas a verdade é que bateu uma inexplicável nostalgia e saudade d@s amig@s que fui conhecendo durante toda a vida. Mas saudades daquelas que apertam no peito como uma corrente e um cadeado, pressionando e aprisionando a gente…
Era como se esses quatro representassem a maioria dos meus grupos de amig@s. À esquerda, tem a Flávia, que simboliza aqueles(as) mais ousados, que brincam mesmo, colocam o dedo na ferida sem piedade, que tem coragem de fazer a pergunta mais absurda e direta sem nenhum tipo de remorso, culpa, pudor ou cerimônia. E não estão nem aí pra isso! Hahah A sensação de proximidade é tanta, que se fala sobre, praticamente, tudo!
A Letícia [de regata verde] representa aquele grupo cuja gente nem sempre consegue ter muito contato ou estar perto tanto o quanto gostaria. Porém, o respeito e a consideração são imensos, mesmo que se passe muito tempo depois de nos vermos ou conversarmos. Aqui se incluem toda aquela renca de gente que a vida insiste em espalhar em diferentes pontos do globo terrestre… Mas são especiais e tem o seu espaço garantido na vida da gente!
A Lauren, vc já deve imaginar quem seja; até por que ela não seria quem tá usando barba. Representa o grupo d@s que são gentis e cuidadores(as). Sabe quando você está com uma alcachofra monstruosa no aparelho, no meio da sua formatura, prestes a sorrir para uma foto e alguém vai lá e te dá um toque, com toda a discrição e carinho que o momento exige? Pois é… Essas pessoas são heróis e heroínas anônim@s de nossas vidas! Hahah E, nessa relação específica de amizade com a Lauren, avalio que eu devo fazer o papel do troglodita, pois não a cumprimentei até hoje pelo aniversário dela, mas estou preparando algo à altura para me redimir, #aguarde. Rsr
O Thiago faz o papel dos alucicrazys mesmo. Tá ligado naquele tipo de amig@ que aceita passar qualquer tipo de constrangimento por um bom momento de zueragem/ humor? Com essa categoria de gente que sabe fazer um social, mas que também tem seus momentos de insanidade, a gente canta músicas randômicas no metrô [em plena Jornada Mundial da Juventude], esparrama farofa na mesa, conversa com cariocas fingindo que se é da Espanha e se está à procura de um baile funk, cria paródias aleatórias etc.
Por último, vale lembrar da bola amarela. Ela é a representação d@s amig@s que a gente tem a oportunidade de estar sempre perto, quase que embaixo do braço mesmo. Daqueles(as) que a gente abre o guarda-roupas e estão lá dentro, abre um pote de manteiga e eles saem, vai vestir um sapato e eles estão debaixo da palmilha. Sabe como? São esses(as) que a gente pode falar sobre absolutamente tudo e d@s quais podemos pegar uma DST e nada vai acontecer. Ah, não. Péra. Misturei aqui. Ignora essa parte.
Fiz todo esse texto aqui pra concluir que, na verdade, essa minha tentativa de rotular amig@s ou agrupá-l@s em diferentes caixinhas não tá com nada. Até porque, por exemplo, tod@s @s noss@s amig@s já foram a bola amarela, um “Thiago”, uma “Flávia”, uma “Leticia” ou uma “Lauren” em algum momento.
Enfim, cambada da foto! Ter estado com vocês num parque aquático, foi muito mais do que uma experiência de entretenimento ou de exposição da minha figura sem camisa, ‘inshalá’. Foi, sobretudo, um momento pra pensar sobre tod@s @s amig@s que tenho, ainda que eles estejam mais espalhados que as esferas do dragão… Foi uma oportunidade de poder conversar com Deus, ao vivo e a cores em cada brincadeira e em cada “Ah, Diego! Você tem que descer naquele tobogã!”. Muito obrigado por existirem e terem dado um novo sentido para o meu início de 2015! Vocês são F#D4$ demais!