Guardanapo sujo não é pra jogar com papel limpo. Lâmpadas queimadas não são pra jogar junto com o vidro. E o “bombril” (a “esponja” de lã de aço) também não vai com metal. A verdade é que tem uma infinidade de materiais que não tem como reutilizar ou reciclar: ou vão ter que apodrecer junto com o lixo orgânico – o que pode demorar muitos anos – ou precisam de tratamento especial (como o aerossol que guardava o seu desodorante, o isopor daquela marmitinha, e até a espuma sintética do colchão ou almofada que não servem mais).
Contudo, para os dias em que o caminhão de coleta do lixo reciclável for passar na sua rua – se é que existe coleta seletiva na sua cidade – o infográfico abaixo pode ajudar bastante! Dê uma lida com atenção para tirar as suas dúvidas 😉
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FIQUE DE OLHO NESSAS TRÊS COISAS!
As 3 principais coisa que eu te convido a parar pra refletir a partir desse post são:
1. É grande a lista de materiais não recicláveis: e o quê você tem a ver com isso?;
2. As empresas que geram determinado lixo precisam recebê-lo de volta e fazer o descarte correto;
3. O país precisa de políticas públicas pra resolver o impacto ambiental negativo da produção de lixo.
Quanto ao item 1, observamos que ele está no plano da conscientização. Acredito que o primeiro passo está na gente perceber o nosso papel enquanto indivíduo e enquanto sociedade sobre os problemas que a gestão do lixo representa! Nesse caso, olhar o infográfico acima e perceber que a lata de tinta, as pilhas e baterias, o acrílico daquela nossa caneta de tubo transparente, e até a fita adesiva NÃO tem como reciclar! Desse jeito a gente pode, pelo menos, pensar duas vezes antes de consumir esses tipos de produto ou só comprá-los quando forem absolutamente necessários. Fazer o descarte correto também é fundamental.
Em relação ao segundo tópico, é preciso que gente comece a entregar de volta, para as empresas, alguns dos materiais especiais como lâmpadas, pilhas e latas de tinta usadas, por exemplo. Comece a pesquisar sobre pontos de coleta de materiais especiais da sua cidade e pare de jogar material tóxico de qualquer jeito. Você sabia, por exemplo, que não devemos jogar remédios vencidos ou as suas embalagens no lixo comum?
A última questão que a gente levanta aqui tem a ver com o papel dos Governos na criação e manutenção de políticas a favor do meio ambiente e da fiscalização para que essas legislações, de fato, funcionem e proporcionem bem-estar social. De pouquinho em pouquinho, a ausência do devido cuidado com as leis ambientais podem gerar problemas graves à população. Aumento de problemas respiratórios em cidades afetadas pelos incêndios na Amazônia, exposição da população à água fedorenta e suja que vem das centrais de tratamento no Rio de Janeiro até o rompimento da barragem de rejeitos de minério da Samarco/ Vale que matou mais de 200 pessoas: tudo isso tem correlação com políticas públicas socioambientais! O poder público precisa fazer o seu papel na luta contra crimes ambientais e na manutenção do saneamento básico. Mas você acredita que estão dando real importância a isso?
O não tratamento adequado do lixo também precisa de atenção. E você: o que pode fazer e o que já está fazendo para diminuir o impacto da produção de lixo no seu cotidiano?